Obviedades – a observação do comum

Tudo é obvio desde que você saiba a resposta. Essa frase é capa de um livro. Do que se trata? Bem, é um pensamento desenvolvido sobre o senso comum. Contudo, esse não é o enfoque agora. Na verdade eu nem li o livro, mas pretendo faze-lo. É uma frase de impacto, entretanto, me parece muito real à medida que se apercebe de algumas coisas.

Complexificar, problematizar, tornar algo um emaranhado de muitas coisas a partir do simples, não é garantia de conseguir entender o que te rodeia e nem o mundo.Ao passo que alguma coisa do simples, aquilo que é comum, ou seja, o senso comum, não torna verdade ou certo alguns processos da vida. Desta forma podemos citar desde situações corriqueiras do cotidiano até como funciona a economia na América Latina, por exemplo.

Assim, conforme se tenta entender o se interessa por saber, é procurar, de certa forma, o óbvio. Não importa o sistema, a causa, a ideologia, as leis físicas do universo etc. Categorizando – se o pensamento e se dedicando a um tema específico, ou seja, ter foco, é um dos passos primordiais para simplificar e entender até relatividade geral e específica de Einstein.

Simplificar é o objetivo! É claro que não é possível esgotar todas as possibilidades de um tema, dentre vários temas podemos citar como ganhar dinheiro, como dirigir bem, plano de ação de uma empresa, ações para ser um bom pai, ementa de uma escola técnica, licenciatura ou bacharelado e por aí vai. Cada campo pode ser tratado de mil maneiras, pode-se aumentar o modo geral de abordagem ou fazer uma tratativa mais clara possível.

Então, podemos levantar a uma questão: Mas isso não é tornar simplista o que pode ser importante?

É claro que queremos entender bem todo um cenário a respeito de algum assunto. Mas, inicialmente, deve-se definir bem o propósito para poder, pelo menos, está a par de uma situação. Depois, se quiser se aprofundar é só continuar estudando.

Por exemplo: Se você quiser aprender derivada, o modo pragmático é pensar que o expoente cai à frente da variável diminuindo um: f(x)’=xà f(x)’=2x1, se o propósito é saber como se manipula uma derivada para chegar num resultado rapidamente, talvez, isto supra sua necessidade. Mas para entender um pouco melhor sua estrutura, você pode saber que existe uma notação usada usualmente para derivada que é df/dx, onde diz-se que é a derivada de uma função em relação a x. Se quiser saber um pouco mais, pode descobrir que essa notação foi descoberta por Leibniz. Se quiser ir mais a fundo irá ver que na mesma época em que estava se desenvolvendo o cálculo Isaac Newton também tinha descoberto uma notação, a “efe ponto” (é a letra f do alfabeto com um ponto em cima da letra). Mas agora, se você estiver cursando engenharia vai ter que “comer” isso.

 

Enfim, consegue-se perceber que existem muitas possibilidades, e dependendo de sua circunstância pode ser escolhida a forma de adquirir o conhecimento, a resposta do que é intrigante, curioso, necessário, assuntos gerais etc.

 

O modo de como se pode ler o mundo mais facilmente, digamos assim, é entender que estamos numa sociedade de informações cada vez maiores e mais rápidas, e que cada vez existe mais plataformas que se encarregam de organizar e categorizar essas informações. Assim, pode-se ter um panorama baseado em conhecimento e informação.

Informação é o modo a qual se poder construir as condições necessárias para se ater aos diversos saberes da vida. Saber profissional é óbvio quanto a prática da teoria uma vez alicerçada daquilo que foi repassado por outrem. Seja na administração de uma empresa, onde o pai passa o que sabe ao filho ou aprendido propriamente num curso; o saber geral já é mais centrado em um background amplo, pode envolver o senso comum ou não, contudo, entender sobre política, se atualizar por noticias do cotidiano, interessar-se por ciência, ter contato com a arte (sem se empanturrar muito com arte moderna e ter um pouquinho de cuidado com o dadaísmo em sua interpretação, rsrs), literatura, etc., pode fazê-lo um cidadão melhor.

Acho que é isso o objetivo de entender o universo a qual fazemos parte: ser um bom cidadão. Quando a coisa que se sabe se consegue transmitir bem, é porque o assunto é meio obvio para você e tornar obvio para outra pessoa é transformar o seu mundo.

De certa forma,quando se passa algum tipo de conhecimento e o mesmo seja relevante em algum ponto na vida de outro e este toma consciência que pode fazer o mesmo, cada qual tem o seu modo, seu meio de passar informação, ou seja, tem aí uma espécie de processo educativo.

A questão aqui é atuar com a realidade, saber ser crítico e delimitar aquilo que melhor diz respeito ao momento, assim, procura-se simplificar o assunto de interesse para melhor entende-lo. Talvez aí seria a busca pela obviedade, pois quantos mais informação entendível ao nível do seu conhecimento, pode-se ter a possibilidade de crescer intelectualmente e assim preparar-se para materiais mais robustos.Fazendo dessa maneira mais preparando para as novas demandas o cidadão, o profissional, enfim, a pessoa vai estar.

“as exigências de um nível de qualificação muito mais amplo e complexo dos trabalhadores, consumidores e cidadãos, para que possam se inserir mais positivamente no novo cenário. Reforçando esta linha, é que muitos vêm preferindo referir-se não ao principal recurso, mas sim ao principal processo da nova era: aprendizado […]”(http://seer.cgee.org.br/index.php/parcerias_estrategicas/article/viewFile/122/116,visitado em 23/08/2017)

É certo que vai se encontrar pessoas que dirão que a vida é complexa demais, que muitas coisas não são tão simples assim e que nada é tão preto no branco. Na verdade o dia – a – dia é tratado de vários modos, semântico é um caso. Onde, o melhor caminho é achar a verdade em pauta.

Apesar de Edgar Morin dizer que existem verdades que aparecem em aparente ambiguidade (Morin,2005,p.183); também , segundo Morin, afirma que a complexidade é um dialogo com o universo e que cada vez que se conhece mais as estruturas do complexo, então, “[…] permite-se avançar no mundo concreto e real dos fenômenos […] (Morin,2005, p. 191). A não ser que se queira desenvolver um pensamento crítico-analítico metodológico sobre o principia, pensar o simples sobre tudo e se aperfeiçoar num assunto ( em um ofício, por exemplo) , talvez ajude a equilibrar vida e detectar o óbvio.

Óbvio verdade

Bibliografia:

BORDENAVE,Juan E. Diaz. Alguns fatores pedagógicos.{online}. Disponível na Internet via http://www.fo.usp.br/wp-content/uploads/EAlguns. Arquivo capturado em 23 de ago. 2017

MORIN, Edgar. Ciência com Consciência : 8.ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005. 350p. (Ciência- Filosofia)

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Sobre o autor | Website

Gosta de ler e de games - defendeu com coragem o mega drive perante seus amigos nintendistas. Inserido numa cultura nerd, geek e qualquer outro adjetivo que remeta ao universo de ficção,fantasia e jogos; enfim, gasta uma parte do tempo em Final Fantasy IX e a outra parte em GOT. Também gosta de assuntos relacionados à tecnologia e aprendizagem: nada como um apetrecho tecnológico, por exemplo, o raspberry pi para hackear a educação.Acha que modificar métodos, apresentar novos meios e aprender uns com os outros pode ser considerado uma missão de vida.

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