Realidade Simulada

Olá, Isaque aqui outra vez.

 

E agora, vim para compartilhar uma situação a qual talvez não saímos: A realidade simulada. Mas como isso?

Desde os primórdios questionar a nossa situação com o mundo e refletir a respeito não deixou de ser feita.

Pensadores em contato com a physis perguntavam-se como que se dava cada fenômeno observado. Aristóteles foi um deles, dedicou muito tempo para falar sobre os graves a qual fazem os corpos caírem e ele achava que dependendo do tamanho o corpo, o mais pesado caía primeiro. Tempos depois essa hipótese foi retirada com o experimento de Galileu, onde deixando rolar diferentes corpos com suas respectivas massas percebeu que em um plano de noventa graus corpos com massas diferentes caiam ao mesmo tempo.

Mas o enfoque aqui é apontar outro rumo. Como disse, desde o primórdios questionar a realidade é algo que fazemos e não foi diferente na Grécia antiga.

A famosa alegoria da caverna de Platão mostra pessoas acorrentadas dentro de uma caverna com uma chama que queima continuamente atrás deles.Os mesmos estão voltados à parede. E tudo o que acontece por suas costas, por assim dizer, faz com que ao passar pela chama projetasse na parede sua sombra. Essa é a realidade das pessoas dentro da caverna. Eles acreditavam nisso. O real eram o que viam e vivenciavam, até que um dia um dos mesmos foi solto e tirado para fora da caverna. E viu que tinha muito mais coisas que ele não conhecia quando estava preso pelos grilhões lá dentro.

Ao voltar para contar a novidade aos seus companheiros, eles não quiseram saber, pois seus conhecimentos estavam limitados a entender a sombra como realidade.

Bem, a ideia é perceber que certas realidades podem ser apenas cavernas ou bolhas em que vivemos. Mas e se a caverna for mais que isso?

 

Acorde, abra os olhos!

 

Vanilla Sky com Tom Cruise demonstra algo do gênero. O filme de ficção/suspense/fantasia diz respeito a uma realidade que fica combalida a cada momento que o protagonista avança e descobre coisas  sobre si mesmo e sobre o que ele está fazendo. Com uma namorada stalker (Cameron Diaz) ele sofre um acidente com o carro em que os dois estavam juntos. Ela morre, mas ele sobrevive com sequelas no seu rosto. Como galanteador que era, essa situação o faz perder um grande trunfo para a vida que levava. Mas ele consegue fazer um cirurgia “milagrosa” e seu rosto volta a ficar normal.

Porém, ao passar do filme Julie (Cameron) aparece para David diversas vezes, fazendo ele cometer um crime com sua atual namorada (a mata asfixiada) . Ele é preso.

Ao passar do filme o expectador descobre que David (Cruise) estava vivendo em uma realidade que ele contratou com uma empresa para ficar vivendo, mas parece que algo deu errado. Então a empresa da a chance dele voltar para antiga vida ou querer arrumar o sonho que desde então ele estava vivendo.

 

Bem, mas você pode dizer: Isso é só um filme. A história parece legal, alguém querendo viver o melhor dos mundo, o seu sonho,mas… Calma meu caro padawan, sabemos disso. Mas eu queria dar um exemplo que se alinhasse com o mito da caverna de Platão (mas até que ponto seria mesmo um mito? rsrs)

 

Se a gente não se ver um bom dia,  boa tarde e boa noite.

 

La vai você com outro filme. Caaalmaaê!,rsrs… mas nesse caso o Jim Carrey não assinou contrato com ninguém.

Bem, ele desde a sua infância vive num ambiente que parece muito calmo e tranquilo para se viver. Até que eventos ocorrem e o faz pensar que ele é único, mas não em um sentido bom. Ele começa a desconfiar que toda a cidade em que ele vive está numa espécie de conluio. E que ele esta sendo monitorado.

No desenrolar da trama acaba – se descobrindo que ele vivia numa realidade simulada. Bem arquitetada (teoricamente e fisicamente) toda a cidade foi construída para ele . A sociedade formada, as pessoas, seus vizinhos… TUDO! O Show de Truman é um excelente filme, vale a pena conferir.

 

Mas saindo do ambiente dos filmes, por assim dizer, a realidade que conhecemos para alguns teóricos pode não passar de uma programação muito bem feita por algum grupo de hacker’s que ditou as regras e formou cada coisa, objeto ou acontecimento que a gente vê.

Estamos sendo assistidos por “deuses geeks” que manipulam cada centímetro (ou pixel?) que se possa perceber ao nosso redor. Prédios ou uma caixa de fósforos obedecem uma linha de código.

 

VOCÊ ESTÁ VIVENDO EM UMA SIMULAÇÃO DE COMPUTADOR?

 

Assim, o que vale pensar é: Pode-se ter uma possibilidade – mesmo que remota – de vivermos uma realidade simulada? Ah, Isaque! Você não está baseando esta hipótese em cima de filmes, não é?

Bem, meu caro Robin (Williams??), não! Mas como se sabe, nada está na realidade que não esteja na literatura. E por estar na arte literária muita coisa também se torna cinematográfica como forma.

Deste modo decidi começar este post colocando trechos de filmes que pode ser algum tipo de aspiração. Quem nunca achou que pode estar fazendo parte de um sonho de uma criança de cinco anos, e que se ela acordar tudo o que existe pode acabar a qualquer momento? Então, que atire a primeira pedr… Ai!

Dentre algumas pessoas importantes que pensam que vivemos numa realidade simulada está Elon Musk. Sim! O CEO da SpaceX atribui muito esta sua posição a evolução tecnológica que progride a passos muito largos. Por exemplo, segundo a lei de Moore a capacidade de processamento de um computador, ou seja, os componentes eletrônicos de um processador (entenda-se transistores embarcados) dobraria a cada 18 meses e que depois seria a cada dois anos. Pois bem, essa lei ainda está sendo considerada apesar de alguns apontarem que ela pode chegar ao seu ápice e depois não ser mais tão acertada, por assim dizer. Então, um computador de 1980 tem sua capacidade de processamento reproduzida por um celular moderno. Assim, vemos que o poder tecnológico melhora, ao passo que seu hardware vai sendo cada vez menor e poderoso. Criar um supercomputador não é tão difícil assim com esses processadores.

Voltando… Elon Musk diz que é muito improvável até mesmo que nós , reles mortais, estejamos numa realidade originadora (esta sendo necessária para gerar outras realidades) e que, sim, é muito próximo de certo que estejamos em alguma realidade simulada. Ele deu exemplos dos vídeos games, e que como antigamente pong – jogo muito arcaico (uma tela preta que duas barras rebatiam uma bola de um lado para o outro) – , hoje existem jogos capazes de reproduzir com perfeição “sociedade e pessoas” (como The Sims); nós podemos fazer parte de uma espiral evolutiva, onde uma sociedade originadora esteja tão avançada que foi capaz ,assim como um vídeo game, criar a realidade a qual vivemos. E que aqueles podem ter sido criados por outra sociedade. Desta forma, fica difícil descobrir qual é a realidade una que gerou todas as outras. É como se uma piscina de bolinhas azuis tivesse uma só vermelha (sendo essa vermelha a que gerou as outras bolinhas).

Se isto for verdade que dizer que o bendito hacker que nos programou seria uma espécie de deus? Olha o conflito ético aí…

Provavelmente Elon basea-se na ideia repercutida do artigo do filosófo Nick Bostron, onde ele faz sua introdução do artigo imaginando três possibilidades:

1 – As civilizações humanas tem grande probabilidade de se extinguir antes de atingir a maturidade tecnológica.

2 – Já as civilizações que atingiram a maturidade tecnológica perderam o interesse de criar realidades simuladas.

3 – Ou que nós estamos numa realidade computacional

 

Assim, ele toma como verdadeira essa terceira hipótese pra começar a desenvolver o seu raciocínio.

Ele infere que a nossa subjetividade são processos de informações pré fabricados e que o sentir, por exemplo, são códigos inseridos em nossa realidade e que o desencadeamento dos processos químicos biológicos são influências direta ou indireta do computador. Ou seja, você sente porque foi programado para sentir.

Ele diz que dependendo da situação tecnológica a qual estamos fica impossível reproduzir todo um universo. Nossa realidade não tem tecnologia suficiente para criar , por exemplo, mentes conscientes e quiçá o mundo e tudo que nele há.  Só uma parte do nosso tecido nervoso ficaria caro o suficiente e complicado demais. Contudo, dentre os custos menos dispendiosos simular a experiência humana ( e permitir que não hajam irregularidades – bugs ) numa civilização com tecnologia pós humana (o termo usado é posthumans) seria menos complexo , por assim dizer, porém, neste mesmo tipo de civilização há possibilidade tecnológica de criar sistemas inteiros de mundo e universo.

Bostron deduz uma equação onde retoma as três proposições iniciais:(1) fp aproximadamente 0; (2) fi aproximadamente 0;  e (3)  f aproximadamente 1

Depois de discorrer mais um pouco sobre as equações, Bostron diz se (3) é verdadeiro, então, estamos vivendo em uma simulação.

Dessa forma, mexer num computador seria uma espécie de “inception” ?,rsrs … só pensando …

Mas é isso aí , meu caro leitor. Até a próxima.

para mais a respeito veja o artigo

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Sobre o autor | Website

Gosta de ler e de games - defendeu com coragem o mega drive perante seus amigos nintendistas. Inserido numa cultura nerd, geek e qualquer outro adjetivo que remeta ao universo de ficção,fantasia e jogos; enfim, gasta uma parte do tempo em Final Fantasy IX e a outra parte em GOT. Também gosta de assuntos relacionados à tecnologia e aprendizagem: nada como um apetrecho tecnológico, por exemplo, o raspberry pi para hackear a educação.Acha que modificar métodos, apresentar novos meios e aprender uns com os outros pode ser considerado uma missão de vida.

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