Inteligência Artificial

 

Esse é um assunto que quase sempre se misturam realidade e ficção pelo seu caráter futurista e por estar associado a uma tecnologia muito avançada. É bem verdade que muitas obras literárias ajudam a comunicar sobre o tema, porém, fora alguns gêneros que se preocupam em contar uma história os ramos dessa área, como em qualquer outra ciência, são muito amplos. Além das perspectivas sobre o futuro da inteligência artificial e como diversos profissionais pensam sobre ela

Considerado o pai da Robótica, Isaac Asimov, movimentou a muitos no que diz respeito a imaginação e o pensamento a respeito de robôs, máquinas, sociedade o que resultou em boa parte na ideia de androides, humanoides e uma possível capacidade dessas máquinas de pensar por si. Um desenvolvimento de processos evolutivos a ponto de se assemelhar ou até mesmo passar o raciocínio humano.

Em relação a evolução, pensando nas diferentes ciências existentes e sua novas descobertas a cada passo que suas aplicações são congruentes umas às outras as possibilidades são muitas.Por exemplo,  não é de hoje que o homem pensa em cada vez mais prolongar sua vida, o conceito de postergação da morte beira a quase o desejo de vida eterna. E nesse contexto Pierre Lévi, um pensador contemporâneo da área tecnológica (o que sempre aplica o termo cibercultura) acredita que o homem pode chegar numa posição tal que poderá sair do homo sapiens para algo que a própria vida se encarregara de revelar, assim segue:

” Os avanços da biologia e da medicina nos incitam a uma reinvenção de nossa relação com o corpo,com a reprodução, com a doença e com a morte.Tendemos progressivamente, talvez sem sabê-lo, e com certeza sem dizê-lo, a uma seleção artificial do humano transformado em instrumento pela genética (…) Os progressos das próteses cognitivas (…) As novas técnicas de comunicação por mundo virtuais põem em novas bases os problemas do laço social.Em suma, a hominização, o processo de surgimento do gênero humano, não terminou, mas acelera-se de maneira brutal.” (Pierre Lévy – A inteligência coletiva)

Quando se pensa em inteligência artificial um roteiro de um filme de ficção e um trabalho teórico sério, em larga escala, se confundem num contato com o grande publico porque os desdobramentos do alcance que um equipamento inteligente pode ter parecem, à primeira vista, pouco reais.O que pode contribuir um pouco para isso é a concentração da AI (artificial intelligence) em um ramo conhecido , mais especificamente a robótica.

A AI independe de um arcabouço a qual possa ser “acoplado” se chegarem a montar algum hardware que não precise ser, necessariamente, na forma de um robô ,porem, com os meios necessários de se “rodar”, digamos assim, esse sistema ele operará normalmente. Um espaço físico não é também um empecilho para que possa haver expansão de progressão. Basta ter um modo de interconectividade entre hardware’s para crescer, pois diferente das sinapses humanas que podem processar informações a uma quantidade específica de Hertz, a inteligência artificial processa muito mais rápido nessa transmissão de informação (na velocidade da luz) enquanto a humana, metros por segundo.

Uma outra coisa que pode-se mencionar é que para ter toda essa proeza evolutiva a AI também aprende com as tentativas a qual foi programado para fazer .Na verdade um robô com esse sistema pode desempenhar uma tarefa particular como calcular o numero de jogadas em uma partida de xadrez. O que realmente ocorreu entre um computador da IBM e o grande enxadrista Kasparov

Vale lembrar que essa situação do jogo de xadrez, por alguns estudiosos da área não é considerado, necessariamente, como uma inteligência, pois uma das condições pra isso é que a maquina tenha a possibilidade de aprender.O que provavelmente se tinha no contexto do computador da IBM, o Deep Blue, é um certo banco de dados e a capacidade de calcular varias possibilidades de jogadas mediante a um cenário.

Uma outra situação na internet que possivelmente trata-se de uma AI:Um rapaz apresenta um programa capaz de aprender a jogar jogos de nintendinho.Em um dado momento do vídeo se vê que o programa não responde bem a jogabilidade, porém, com o passar dos minutos do vídeo já é mostrado,por exemplo, o personagem mario pulando obstáculos e vencendo alguns inimigos do jogo.Alem disso até alguns “bugs” são descobertos pela AI e usado a seu favor para jogar.Muito interessante, segue o endereço: fonte

E para que disso amplie para múltiplas ações onde evolva algo como as faculdades humanas não parece ser só coisa de filme, mas de uma realidade mais presente no cotidiano. Aliás, muitas vezes o que as diferentes plataformas divulgam são baseados em algo que é real, contudo, são romanceados , pois não é proposta de um filme , por exemplo.

Mas será que o alcance quase ilimitado (ou de fato o é) representa para os teóricos envolvidos em tecnologia e/ou em AI podem dizer a respeito? Bem, além dos que acham isso algo a ser comemorado, outros acham arriscado.

Segundo Hawking, o desenvolvimento dos estudos ligados a inteligência artificial estão deixando de lado os riscos que podem aparecer :

“O desenvolvimento da inteligência artificial total poderia significar o fim da raça humana”

“(Essas máquinas) avançariam por conta própria e se reprojetariam em ritmo sempre crescente”, afirmou. “Os humanos, limitados pela evolução biológica lenta, não conseguiriam competir e seriam desbancados.”

(fonte)

Elon Musk, fundador da SpaceX e Tesla, também acionista da Vicarious – empresa que pretende replicar a rede neural humana num supercomputador – , menciona:

“Acho que nós devemos ter muito cuidado a respeito da inteligência artificial. Se eu tivesse que palpitar sobre qual é a principal ameaça a nossa existência, acho que seria essa. Precisamos ser cuidadosos”

“Estamos invocando o demônio com a inteligência artificial. Em todas essas histórias onde existe um cara com um pentagrama e água benta, ele tem certeza que consegue controlar o demônio. Não funciona”

(Fonte)

Ela está em todos os lugares, desde os smartphones até transportes (como aviões e carros) , onde este não necessita de comando humano.Segundo a reportagem da Veja dessa semana (edição 2520 – nº10), existem em São Francisco uma farmácia que atende o publico pagante com um equipamento capaz de ler as receitas médicas e identificar os remédios prescritos.

Como falado anteriormente a AI tem como premissa a capacidade de aprender .No caso do exemplo recentemente citado, o atendente-máquina da farmácia conseguiu ao passar do tempo diminuir seu erros a ponto de em um ano atender dois milhões de receitas sem errar nenhuma.Nesse mesmo período um ser humano ,perspectivas indicam, tem a probabilidade de errar 35 mil.

Isso chama atenção para uma nova perspectiva futura: a substituição do ser humano em tarefas ordinárias.Aquelas que se tem um padrão, uma rotina de desempenho de função: garçons, atendentes, motoristas, vigilantes,enfim, a lista é grande.Segundo a mesma matéria citada, a organização inglesa, diz a reportagem, “…nas próximas décadas cerca de 70% das atuais profissões serão desempenhadas por robôs.”

Contudo, faz pensar sobre o futuro se irá aparecer novas profissões, se irá ter uma evolução humana (uma nova espécie), humanoides serão comuns?Por fim,  a raça humana vai ser beneficiada ou está em perigo latente?

Sobre o autor | Website

Gosta de ler e de games - defendeu com coragem o mega drive perante seus amigos nintendistas. Inserido numa cultura nerd, geek e qualquer outro adjetivo que remeta ao universo de ficção,fantasia e jogos; enfim, gasta uma parte do tempo em Final Fantasy IX e a outra parte em GOT. Também gosta de assuntos relacionados à tecnologia e aprendizagem: nada como um apetrecho tecnológico, por exemplo, o raspberry pi para hackear a educação.Acha que modificar métodos, apresentar novos meios e aprender uns com os outros pode ser considerado uma missão de vida.

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